Você está tentando a vaga para um mestrado ou doutorado e quer mostrar o seu diferencial através de uma carta de intenções? Ou é obrigatório que você envie uma carta de motivação para que a sua candidatura seja efetivada com sucesso? Então se acalma e dá uma lida nas nossas dicas aqui embaixo!
1. Escreva de forma honesta
Acho que esse TEM QUE SER o primeiro ponto. Seja autêntico na forma de escrever. Introduza com um breve histórico pessoal. Quem é você? Diga as suas reais intenções e de que forma você pode contribuir para aquele programa e de que forma aquele programa pode te ajudar. A honestidade também conta muitos pontos principalmente no que se refere ao seu currículo, teses ou artigos publicados. Não exagere nas referências. Coloque apenas o necessário.
2. Por que me escolher?
Opa, então é pra eu ser egocêntrico e eu ressaltar como sou fantástico, xá comigo! Não, não… não foi isso nem de longe que eu quis dizer! Demonstre para a Faculdade a qual você está se submetendo que você realmente tem motivos para desejar entrar: que seja um projeto, que seja a contribuição para uma área de estudo específica segundo a qual não tem na sua cidade ou país, o desejo de ajudar a comunidade do outro local, enfim… Explique as suas motivações. Lute com unhas e dentes: mostre suas “credenciais”, construa uma narrativa sobre a motivação e pelo que você deve conseguir. Por que o seu projeto, dentre tantos, deve ser escolhido? Qual o seu diferencial? O que faz a minha proposta de trabalho ser boa? Ela é executável em 2 anos (no caso do mestrado) ou em 3 anos (no caso do doutorado)?
3. Por que eu escolhi essa Universidade?
Você escolheu essa universidade, esses professores, quer aplicar o seu projeto dentro de uma linha de pesquisa por alguma razão, certo? Então essa é a hora de expor os porquês! Ah, é para puxar o saco? Sei fazer isso! Não, meu bem. Na verdade, a intenção é a de que você seja honesto e tente pensar de que forma a Universidade e sua estrutura poderiam te ajudar a conduzir a sua pesquisa. É uma via de mão dupla, você falou como ajudá-los e os cativou, agora fale como eles podem o auxiliar e suas reais intenções com a instituição.
4. Seja conciso
Ah, ok… eu devo escrever isso tudo, todas essas motivações, contar um breve histórico e ainda ser conciso? Sim! Exatamente! Você está se candidatando junto com várias outras pessoas, então não ache que eles vão parar muito tempo para ler um texto que pode ser só “mimimi” e encheção de linguiça (e que muitas das vezes é pelas pessoas não saberem como fazer essa carta). O tamanho ideal para a carta é de 1 página, mas acredito que até 2 seja aceitável, se tiver uma diagramação (disposição de elementos) bacana.
5. Escolha uma área de atuação ou, ainda melhor, um orientador
Principalmente nos casos de doutorado, é extremamente importante que você saiba a sua área de atuação, estude as áreas de atuação dos professores da Faculdade e veja para qual área você se inclina mais. Demonstrar que você conhece a área sobre a qual pretende estudar já conta pontos.
Entendi, que show… E o que eu não devo fazer DE JEITO NENHUM?
1. Não use citações
Pelo amor de Jesus Cristo. Não coloquem citações. Ninguém quer saber o que outra pessoa quis dizer sobre sei lá o quê. Ou muito menos que você concorda com tal pensador, filósofo ou afins. A Carta de Intenções ou Motivações existe como um cartão de visitas acadêmico: é o primeiro contato da universidade com a sua pessoa. Dica das migas: guarde as citações e frases de efeito para o seu Facebook ou o grupo da família no WhatsApp.
2. Não use tradutor online
A gente sabe que é mega tentador colocar no currículo que sabe falar outro idioma e que o nível é básico, quando na verdade você só sabe falar: Bonjour, Mercí, Goodmorning, Thank you e por aí vai… Mas não é legal, porque vai chegar a hora da verdade e a coisa pode ficar bem séria. Não é vergonha nenhuma não saber falar ou escrever em outro idioma. Isso serve também para escrever a sua carta de intenções. Se precisar escrevê-la em outro idioma e não dominar nada, não recorra aos tradutores online! Procure um amigo que possa te ajudar, entre em grupos de estudantes que estão na mesma situação com você, fale com um professor da sua faculdade, mas NUNCA, em hipótese alguma, escreve uma carta traduzindo online. Com certeza quem receber vai perceber.
3. Erros de português
Ô língua difícil a nossa… É mesmo! Cheia de regras e cheia de detalhes que podem nos dar uma rasteira na hora de escrever a carta. Cuidado para não cair naqueles erros básicos de escrever como se fala, de conjugar errado, trocar o “s” pelo “z”. Todo mundo está sujeito a errar e, principalmente quando nós estamos escrevendo, a não encontrar esses errinhos. Às vezes estamos horas e horas escrevendo e não percebemos mesmo. Então, envie sua carta para um amigo, peça ajuda a sua família, leia e releia várias vezes. É importante ter um feedback de alguém de fora do processo criativo todo.
4. Sem repetir o currículo
A carta deve ser um resumo da sua trajetória e não uma cópia do seu currículo. Deixe datas e nomenclaturas difíceis para o currículo. Como já dissemos e vamos repetir mil vezes ao longo desse post: essa é a forma da Universidade TE conhecer. Se ela quiser saber que você fez a graduação e depois o curso x ela vai diretamente ao seu currículo. Venda seu peixe sem ser repetitivo! Não é difícil, basta falar superficialmente sobre a sua formação e focar nos seus objetivos e propósitos, itens que não estão no currículo.
5. Não ressalte os erros
Contar eventos excepcionais, justificar notas ruins (entre outras situações), são coisas que você deve evitar. Quando você faz a sua carta de intenções, quer que a pessoa te admire ou ao menos pense: “hm… esse aluno tem potencial”. É óbvio que aprendemos com os erros e, por este motivo, você deve apresentar a visão positiva da coisa. Não dê um tiro no pé falando que sua pesquisa não pode ser finalizada por falta de financiamento, por exemplo. Fale que você pretende dar sequência a pesquisa pois o conteúdo merece maior aprofundamento diante de tal cenário. Esses pequenos detalhes podem te dar ou excluir da vaga. Evidencie apenas o que pode contribuir para a sua entrada na Universidade.
Depois das 5 dicas para fazer e 5 dicas do que JAMAIS fazer em uma carta de intenções ou motivações, vamos aos modelinhos que o Maracujá sempre disponibiliza para vocês? 😉
Para criar o meu modelo, eu olhei no mestre dos magos da vida, sr. Google, e encontrei estes exemplos: