Três perguntas recorrentes têm chegado até mim e eu decidi acabar logo com essa bagaça. Uma das dúvidas que mais recebo é: Camila, como faço um currículo interessante? Tá aqui, mores, basta clicar. Camis (para seguimores íntimos haha), e como eu faço uma carta de intenções? Calma, isso tá aqui. E agora nós vamos à tão almejada Carta de Recomendação.
A primeira coisa essencial que já vou deixar claro é: em caso da sua Universidade requerer carta de recomendação, envie um e-mail para o gabinete responsável pelo seu curso (seja graduação ou pós-graduação) e pergunte se eles possuem algum modelo recomendado. Uma vez que há a requisição da Carta de Recomendação como um dos documentos necessários, pode ter certezinha de que isto vai contar na sua pontuação para entrar no famigerado “sonho do curso próprio”.
1. Senhora… Senhora?
Corre atrás das pessoas que fizeram parte da sua trajetória acadêmica ou profissional, de acordo com o que você vai querer ressaltar mais. Eu lembro que quando eu fui fazer isso, mininu, eu tava nervosa. Achava que ia encher o saco dos professores que nem lembravam mais da minha cara. Mas ainda bem que sempre fui nerd #BlessedBeTheFruit e sempre mantive um ótimo relacionamento com os meus professores. No meu caso, fui atrás de 2 professores da minha universidade, uma da outra (fiz dois cursos ao mesmo tempo porque sou louca) e dois empregadores para os quais já tinha prestado serviços mais formais – para além dos freelas de sempre. #MeContrata
2. Vá atrás de mais de uma pessoa de cada área (profissional/acadêmica)
Kirido(a), a gente sabe o quão foda tu é, então, se tu fez aquela bolsa esperta do PIBIC, vai atrás do teu professor; de um coordenador de curso; de um professor de disciplina; o orientador do teu TCC ou alguém que tem noção plena das tuas capacidades acadêmicas. Isso é ESSENCIAL se você estiver lutando para conseguir uma vaga numa Universidade. Se o teu caso é a busca por uma vaga de emprego, que tal ir atrás de lugares onde fez aquele estágio supervisionado obrigatório que você teve na Faculdade ou aquelas experiências similares de emprego? Vai atrás do teu antigo chefe e pede um help! Tu ajudou tanto essa pessoa, agora é aquele esquema: tudo o que vai, volta! Ei, chefinho(a) querido…
3. Ato, a-ato, o formato é um a4
Ok, eu talvez tenha exagerado no designês, mas o que quero dizer é “use uma folha normal”. Sim, apenas UMA. Imagina o que é ter que ler 150 cartas tipo a tua. Só aí já são 150 páginas. Poupa tempo para o examinador – isso mostra sua capacidade de concisão também. Então, já abre seu belíssimo word e vai começando a escrever. Ainda que vá falar sobre o estilo mais para frente nesse post, algumas informações devem constar como em que momento houve uma relação com o aluno/empregado; o que diferencia e destaca esse candidato de outras pessoas; de que forma este candidato pode contribuir para a Faculdade/Universidade. Se, além disto, houver qualquer ligação entre interesses acadêmicos com atividades extracurriculares ou com os objetivos do candidato, aproveite e mencione.
4. Quem você é na fila do pão?
Para além do que você fez, é interessante que a Carta de Intenções mostre de que forma, para além do que já fez, você pode contribuir para aquele local de acordo com a sua personalidade e possíveis talentos. Exemplo: “Camila é uma pessoa muito prestativa e atenciosa que busca sempre ajudar os seus leitores utilizando uma linguagem acessível e correta”. PALMAS. A ideia, com esse item, é mostrar que você tem potencial para repetir ou até aperfeiçoar determinadas questões pela sua forma particular de trabalhar/estudar e ser.
5. Cuidado com os adjetivos
Ei, lindão e lindona, ninguém aqui tá querendo saber que você sabe fazer um miojo gostoso, que faz peças/artes muito lindas ou que escreve de um jeito interessante. Percebe que esses são adjetivos questionáveis? Tem gente que não acha o seu miojo gostoso, muito menos as suas aulas lindas ou o jeito com que escreve interessante. Eita Camila, precisa ser bruta assim e derrubar a minha auto-estima? Ok, o que eu quis dizer é: Sabe o Romero Brito? Tem gente que gosta. Já eu…? Prefiro não me manifestar.
6. Vemk, te conheço? Eu heeein
Referências, mores, referências. Sabe aquela história de “não dar oi para desconhecidos”? Pois é. Aqui é o mesmo esquema. Você tem que mostrar credibilidade na informação e, caso a instituição queira, ela possa entrar em contato com essa pessoa para ver se realmente aquilo é verdadeiro. Mas, ainda que seja essa a real motivação disso existir, se calma, que nunca ouvi histórias disso acontecer. Assinatura, nome, cargo na instituição, endereço, contato telefônico, logos da instituição, e-mail. Sim, essas informações são imprescindíveis.
7. Exemplos meramente ilustrativos
Nada é tão bom quanto mencionar projetos que você tenha participado durante o período que ficou trabalhando por ali ou especificar quais atividades você desempenhou naquele ambiente. Realizou um artigo durante um PIBIC; deu aulas em escolas durante um projeto de bolsa universitária? Quais?; já estagiou em algum canto? Então o que fez por lá? Organizou arquivos, fez parte de estratégias de comunicação interna e externa e ainda organizou eventos junto à empresa? Pede que isso seja mencionado. A informação deve ser concisa e direcionada, mas isso não quer dizer que você não possa ter essa informação super importante na sua Carta de Recomendação.
8. Lógica
O que você tem que entender sobre isso tudo o que eu estou te dizendo é que uma carta de recomendação é uma figura reconhecida academicamente ou no meio profissional está dizendo para outras pessoas da academia ou do mundo empregatício que você é um(a) candidato(a) espetacular e que eles meio que “colocam a reputação em jogo por você”, sabe? Sim, sei que parece meio dramático, mas esse é o princípio da ideia.
9. Olhe o que o edital preza
Independente de tudo o que eu te disse por aqui, mores, o que vocês vão fazer é: olhar o edital da Universidade/Faculdade específica e vão ver 1) se a Carta de Recomendação é obrigatória; 2) quanto de pontuação eles dão para a carta de recomendação; 3) há um formato específico disponibilizado no site?; 4) enviou e-mail e disseram que é formato livre? Então dá um confere no próximo item. O edital está acima de qualquer uma das dicas por aqui, porque, ainda que essas dicas sejam extremamente apuradas para te ajudar, se lá disser que você tem que pedir para falar usando todos os adjetivos proibidos, você vai usar sorrindo. Mas isso não vai acontecer – então segue o esquema aqui tranquilamente.
10. Falou, falou, falou, mas cadê aquela ajuda prática?
Nossa, seguimor, esperava isso de todo mundo, mas de você… haha Tudo bem, tudo bem, sei que aqui a gente acostumou vocês a ter as dicas e os arquivos todos para baixar e acessar, né? Não ia ser agora que eu ia parar com essa eficiência em forma de blog. Quem aí se lembra da história da Camila Sualoka Potter(head) lá na Carta de Intenções? Pois é, agora chegou a vez de ela falar com o Snape para poder conseguir ingressar no mestrado que tanto quer.
Ok, ok, já entendi que tem gente por aí que continuou sem entender o que está acontecendo, por isso, tenho outros modelos para que vocês possam salvar aí e que sirva de modelo mais sério para construírem os de vocês e serem aprovados bem lindos.