Às vezes, quando vamos viajar, nos deparamos com diveeersas ofertas de viagens por várias companhias. Nesses casos, fica até difícil decidir entre as opções, né? Quando fui para Portugal pela primeira vez, viajei pela AirEuropa, mas dessa vez acabei decidindo pela Cabo Verde Airlines (antiga TACV). Como não vi tanta informação atualizada na internet sobre a companhia, achei legal compartilhar com vocês a minha experiência, bora?
Confesso que fiquei meio receoso no início, pois nunca tinha ouvido falar nessa companhia aérea, mas com um contexto de Real desvalorizado e as outras companhias ofertando preços bem mais altos, resolvi arriscar… Até porque, quem conhece o Maracujá Roxo, sabe que nós amamos uma economia, não é mesmo? Antes de iniciar o meu relato, é importante ressaltar que a Cabo Verde Airlines tem voos regulares partindo de 4 cidades brasileiras: Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Salvador!
1 – Pesquisa da passagem e compra
Quando procuro passagens, sempre uso sites de busca como o Skyscanner, Submarino Viagens ou Decolar para comparar os preços de diversas companhias. Foi aí que surgiu a Cabo Verde Airlines na minha vida! Mesmo utilizando esses sites para pesquisa, eu acabo sempre preferindo comprar direto no site da própria companhia.
Apesar de ter uma identidade visual bem interessante e que me agrada bastante, achei o site simples até demais e não me ajudou muito no processo de compra. Por exemplo, não é possível parcelar a viagem diretamente pelo site. Esse foi o motivo decisivo para eu comprar a minha passagem pelo Submarino Viagens, onde consegui parcelar em 6x sem juros! Bem melhor pra quem tá com o orçamento apertado, né?
Quando viajei, a opção de check-in online não estava disponível, mas, olhando o site atualmente, parece que eles já incorporaram essa facilidade (glória às deusas). De qualquer forma, a minha passagem só dava direito à uma mala despachada, uma de bordo e um item pessoal, e eu estava com duas malas para despachar. Como também não existia opção para compra de bagagem online, deixei para resolver tudo isso no momento do check-in no aeroporto. Confere aí embaixo as especificações das malas que estavam incluídas no meu tarifário (existem outros tipos de tarifários com menos ou mais bagagens):
PAUSA DRAMÁTICA: vocês já assistiram ao vídeo da Camila lá no Instagram do Maracujá Roxo sobre o que não pode faltar na mala pra Portugal? Recomendo, tá mores. Continuando…
2 – Check-in e despache de bagagens
Como meu voo partia de Recife e eu estava em João Pessoa, resolvi chegar umas 4 horas antes da hora do voo, para dar tempo de fazer tudo com calma – inclusive lanchar, porque eu não era obrigado a passar fome né mores. Chegando no Aeroporto Internacional de Recife, fui até o balcão da Infraero e eles me informaram onde geralmente aconteciam os check-ins da Cabo Verde Airlines, já que, como é uma empresa com poucos voos, eles não possuem uma área exclusiva de check-ins.
Um pouco antes do check-in, os funcionários colocaram os totens de indicação e as informações do voo apareceram nas telas onde seriam realizados os check-ins. Como cheguei bem mais cedo do que era recomendado, o meu check-in seguiu bem rápido e sem grandes filas. Mas, mesmo para quem chegou no tempo normal, percebi que a fila nunca ficou muito grande. Ponto para eles pela eficiência, né?
Enquanto estava realizando o check-in, informei que precisava adquirir mais uma bagagem despachada, e o funcionário me indicou que eu precisaria ir à loja deles no aeroporto para realizar o pagamento, mas que poderia voltar com o comprovante sem passar pela fila, diretamente com ele, para finalizar o meu check-in. Me dirigi à loja da Cabo Verde Airlines – que por sinal, não tinha fila alguma – e informei ao funcionário que precisava pagar por uma mala extra. Lá, fui informado que o preço da bagagem extra é de US$ 150 (sim, é em dólares) o que ficou convertido em exatos R$623,35 na cotação do dia, que puderam ser pagos no cartão de crédito, mas sem parcelar! 🙁
Com o pagamento realizado, voltei ao funcionário que estava me atendendo no check-in e tudo foi realizado sem problemas, inclusive pude escolher os assentos que queria, sem custo adicional. Tá vendo a importância de chegar cedo? Ele me entregou os cartões de embarque e logo percebi que eles não possuíam a logo da companhia, mas sem problemas! Agora era só esperar o voo!
3 – Embarque e voo Recife-Ilha do Sal-Lisboa
Como esse era o único voo internacional em algumas horas, a entrada na sala de embarque só foi autorizada um pouco antes do início do embarque. Nesse momento soubemos que o voo estava atrasado, pois a entrada só foi autorizada depois da hora prevista para o voo. Já na sala de embarque, questionei um funcionário da companhia sobre o atraso, pois fiquei receoso sobre a conexão que faria na Ilha do Sal, em Cabo Verde. O mesmo me tranquilizou e disse que a aeronave seria a mesma nos dois trechos, então não haveria o risco de perder o outro voo. Ufa!
O embarque seguiu tranquilo e com bastante eficiência. Ah, é bom lembrar que sua bagagem de mão deve ter a tag de autorização da companhia para embarque com a mesma! Essa tag, quando viajei, tinha a logo antiga da companhia. O voo acabou decolando com um atraso de exatamente 1h10, partindo apenas às 2h15 da manhã.
Dentro do avião, percebi que ele era um Boeing-757, diferente da maior parte dos voos internacionais. Esses aviões são um pouco menores, tendo a classe executiva um esquema 2-2 e a econômica, um esquema 3-3.
Dava pra perceber que o avião não era novo, mas era bem cuidado e limpo. Os comissários também eram todos bem receptivos e prestativos. Achei isso muito bom na companhia! Como dá pra ver nas fotos abaixo, todos os assentos possuíam uma central multimídia, mas infelizmente não estavam ligadas ou não estavam funcionando… Então já baixa aquela série na Netflix ou leva um livro pra se distrair durante o voo.
Sinceramente, a falta de entretenimento à bordo não fez tanta falta, já que os dois trechos eram bem curtos. O trecho REC-SID tem uma duração de 3h45 e o trecho SID-LIS tem uma duração de 3h30. Também achei o espaço para as pernas bem confortável, maior que algumas companhias aéreas que já viajei antes.
No primeiro trecho, eles serviram um café-da-manhã que tinha um omelete de abobrinha e tomate, frutas em pedaços, um bolo que não consegui identificar o sabor, queijo processado e ainda passaram com uma cesta de pães diversos bem quentinhos! Tudo estava com bom aspecto e o gosto também foi bom para uma refeição de avião. Para beber, eles tinham sucos de maçã, tamarindo e laranja, coca-cola, água e café.
O voo foi bem tranquilo, sem muitas turbulências. Na chegada à Ilha do Sal, temos que desembarcar do avião para que ocorra uma limpeza e troca de assentos dos passageiros. Esse desembarque é feito por escadas, já que o aeroporto é bem pequeno e não possui aquelas pontes que conectam o avião ao interior do aeroporto. Mas sem problemas, né? Achei super legal ter estado em Cabo Verde, mesmo que só tenha pisado no aeroporto mesmo.
Como houve um pequeno atraso na partida de Recife, nem deu pra conhecer muito o interior do aeroporto. Só saímos para fazer a fila do embarque, mas o interior é tão bem cuidado quanto o exterior. O aeroporto tem um estilo meio industrial que acho super interessante. O ar-condicionado funcionava bem, ao contrário de outros relatos que já tinha lido sobre o local. Achei bem confortável.
O embarque também foi bem tranquilo na Ilha do Sal. Por conta do atraso em Recife, o voo partiu da Ilha do Sal com um atraso de 57 minutos em direção à Lisboa, saindo às 9h37 da manhã no horário local. Ah, antes de decolarmos, tivemos que esperar um tempo dentro do avião e o ar-condicionado não estava funcionando, então ficou um calor beeem desconfortável por alguns minutos, mas logo foi resolvido e o voo partiu sem problemas.
Nesse trecho também houve serviço de bordo, e nos serviram um almoço que contava com um omelete de espinafre que parecia mais “encorpado” que o do café-da-manhã, uma salsicha e cogumelos, um bolo que também não consegui identificar o sabor (acho que tenho algum problema com isso, hahaha), frutas em pedaços, geleia de laranja e também passaram com a cesta de pães quentinhos! As bebidas eram as mesmas, com o diferencial que também passaram oferecendo chá. Além disso, também ofereceram jornais para leitura.
O voo seguiu bem tranquilo e sem grandes turbulências. Chegamos em Lisboa cerca de uma hora depois do previsto, o que não foi um problema para mim! Mas, pelo que li em outros relatos, atrasos são um pouco comuns com a Cabo Verde Airlines, então, se você precisar pegar outro transporte para outra cidade/país, reserve com algumas horas de distância da hora prevista de chegada do seu voo!
Mas e aí, Tinho? Você acha que vale à pena viajar com a Cabo Verde Airlines?
Olha, se você quer economizar e não se importa com luxos, eu digo que vale muito à pena, sim! Para mim, o mais importante é chegar ao meu destino com segurança e pagando um preço que considero justo, e foi exatamente isso que recebi dessa companhia: serviço de qualidade, avião razoável e dentro das expectativas, não houveram grandes problemas em nenhuma das etapas da minha experiência com eles, e sem contar que a conexão na Ilha do Sal faz o voo parecer beeem mais curto – bom para quem tem problemas com voos internacionais muito longos. Sendo assim, eu digo que viajaria de novo com eles e recomendo fortemente aos amantes de uma economia.