Como viajar sem ter dinheiro?

Você leu o título e pensou: “Han? O que elas querem dizer com este post?” A gente te responde rapidinho: queremos que você viaje e pare de arrumar desculpas para não sair da sua zona de conforto!  Sim, aquela força que te move e faz você mover moinhos (a propósito, você já viu um moinho? Clica aqui e vem conhecer… ai somos podres, né? haha) Quer estímulo, ombro amigo e uma parceira firme e forte? Nos dá a mão e coloca logo essa mochila nas costas!

Tem mil frases soltas aí pelo universo que justificam a “impossibilidade” de viajar. Sorry mundo, mas nós não acreditamos mais em nenhuma. Ok, MENTIRA, acreditamos em “tô doente”. Sabem por quê? Experienciamos muitas coisas e muitas situações que nos levaram a entender que, para viajar, basta querer! Por isso, decidimos fazer um post CHEIO (você entendeu?!), CHEIO de motivos positivos para você viajar. Se você está em busca de algo que realmente te motive, para, faz um chá, bebe uma água, pega a coca-cola o café e “booora” dar uma lida no que separamos para você!

Nossa, você vive dizendo que não tem dinheiro, mas tá sempre viajando, né?

Não é nem um pouco difícil ou impossível viajar, basta ter força de vontade e definir as suas prioridades né, mores. Não adianta ficar pensando que você vai almoçar e jantar todos os dias fora (ou sequer uma vez na semana) e vai ter dinheiro para viajar por aí. Se você não tem uma renda fixa entrando, isso é impossível. Por isso, a gente sempre pensa em atividades low cost e é por isso que sim, sempre estamos viajando.

Não tenho dinheiro. Leia-se: “sou POBRE”.

Já ouviram a belíssima frase: se organizar direitinho todo mundo… viaja? hahaha pois é. Esse é o passo mais básico eeever para quem quer viajar gastando pouco. A viagem que gasta menos dinheiro é uma das mais divertidas, a que você mais se abre ao diferente e ao novo e coooom certeza o que você mais vai aprender – ou se planejando ou se adaptando às circunstâncias por não ter se planejado.

Se você não manja dos excel da vida e exatas não é o seu forte, querido(a), junte a sua melhor técnica do papel com a caneta ou como sentir que é mais cômodo para você e comece a anotar. Vamos olhar alguns tópicos, passo-a-passo, e sugiro que você vá contabilizando isso em algum canto antes de sair tacando o cartão de crédito e todas essas suas notas (invisíveis) na cara da sociedade.

  • No meu caso (Camila), eu tenho conta no ActivoBank e tenho dois cartões: um pré-pago chamado boost e um outro de débito. Agora fui viajar para Londres e busquei me informar acerca das taxas e qual cartão utilizar. Para fora de Portugal, o único cartão que você pode usar é o de Débito, azulzinho com branco. Dentro de Portugal, você pode usar o Boost. Na ligação, também fui informada de que, em Portugal, o limite diário para saque é de 400€ (200€ por saque) e, fora de Portugal, porém dentro da União Europeia (países com a moeda de circulação euro), é limitado o valor de 200€ diários. Para Londres, a história já muda e as taxas para saque (levantamento, como dizem aqui) ou pagamento são beeem mais salgadas.
  • Para além de se informar no seu banco como que você fará com o dinheiro e o uso do seu cartão (se compensa, se não ou se você terá de levar o dinheiro e trocar em algum lugar), fique atento às cotações das casas de câmbio. Isso é uma coisinha que pode comer o seu dinheiro bem legal (no caso da viagem para Londres, por exemplo, cheguei a pagar 14% de taxa porque realmente era o que tinha e deveria ser, mas, como podem imaginar, não foi nada interessante… então fica a dica).

  • Com relação aos lugares que você vai visitar, que tal procurar por cantos ou programas totalmente free ou low cost? Sim, acredite, esse é o meu jeito de pesquisar quando vou para algum canto. Parques, museus de entrada gratuita, eventos ou até mesmo feirinhas locais costumam acontecer nas cidades e proporcionam um bom custo-benefício, além de um programa legal. “Refeições até X€”, “Londres/Porto/X low cost”, “Londres/Porto/X barato”, entre outras são as pesquisas mais comuns no meu google quando se trata de uma preparação para viagem. Existem inúmeras postagens de inúmeros blogs sobre isso ou até sites mesmo, como o London Cheap Eats, um site para refeições de 8 libras ou menos – sinto informar, porém a seca aqui é grande e eu não paguei 8 libras por nada. 8 libras seria refeição de luxo que não constou no meu menu, hahaha.
  • Aaaaah, a boooooa e velha dica do pão de forma e saladinha. Meu amor, tá viajando e quer economizar, tem que botar a cabeça pra funcionar! Opa, rimou e não foi intencional! Um pacote de pão de forma costuma ser barato e vem vaaarios. Então compra teus embutidos ou queijinhos (cuidado com o que vai botar dentro para não deixar passar nada disso e colher intoxicação depois #MãeCamila), uma fruta ou qualquer coisa assim, a garrafa de água e vai com fé.

Por onde eu pesquiso passagens?

Vamos pensar o seguinte: para viajar, nós precisamos de um meio de locomoção, certo? Certo! Mas, hoje em dia, viagem não é mais sinônimo de avião (só de avião). Aqui na Europa as opções são muitas: trem, avião, ônibus, carona (boleia em pt pt)… enfim, opções não faltam. A dica que a gente dá é: escreva em um papel os lugares que você gostaria de viajar. Escreve, sem medo. Vai voando e sonhando alto aí. Depois disso, pega o computador ou celular e vamos começar a fazer pesquisas. A dica mais importante de todas, feita de ouro é: antecedência! Quanto antes você comprar, melhores serão os preços. E claro, evitar os grandes feriados ou épocas de maior fluxo é importante também.

  • Avião: Aqui na Europa nós temos muitas companhias chamadas, companhias Low Cost. Todo mundo já ouviu falar delas porque são a felicidade de qualquer estudante ou mochileiro pela zoropa. São aqueles aviões menores e que tem limite de bagagem de mão (peso e quantidade) e que as passagens são baratinhas. O ideal para fazer essa pesquisa é abrir o google flights (não se faça de doido e abra em modo anônimo miguxo(a)) e jogar ali os destinos. Ele seleciona as empresas e vai te dando os valores. Mas você também pode fazer a pesquisa direto pela empresa, o que, na maioria das vezes, é muito melhor. É que as empresas fazem promoções relâmpago e às vezes só pelo site dá para saber. Se você quiser saber mais informações sobre plataformas que te ajudam a traçar rotas e verificar preços, clica aqui, aqui.

  • Ônibus: Aqui no Maracujá Roxo, nós fizemos um post dedicado a viajar de ônibus pela Europa. Esse post te dá super dicas de como pesquisar e quais empresas você pode encontrar. A vantagem de viajar de ônibus é não ter um limite de peso na bagagem. Na maioria das vezes, os valores são muito mais acessíveis do que viajando de avião. Claro, o tempo é maior mas dependendo da situação, compensa.

  • Trem: Quem dera a malha ferroviária do Brasil ainda estivesse ativa (para transporte de pessoas). Com certeza seria muito mais fácil viajar por lá. Mas já que estamos aqui, temos que aproveitar a oportunidade e pelo menos uma viagem, fazer de trem. No “frigir dos ovos”, o trem muitas vezes sai pelo mesmo preço do avião. É uma ótima opção para quem tem medo de voar ou se sente desconfortável em um ônibus. O legal é que quase todos os lugares por aqui tem acesso através do trem. Se você quiser dar uma conferida nos destinos e valores, clica aqui.

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  • Carona: É uma modalidade que vem crescendo bastante por aqui. Aplicativos como o BlaBlaCar, por exemplo, permitem que o dono de um veículo se cadastre no site e ofereça lugares em seu carro por um valor X. Muitas vezes o pessoal faz o mesmo trajeto várias vezes por semana ou mês e para compensar os gastos com combustível, rola de dividir a viagem. O legal é que você conhece mais pessoas e vai tecendo uma rede de contatos bacana. Esse tipo de aplicativo/serviço costuma contar com avaliação de usuários e é bem seguro em relação a essas avaliações. Então, quem curte compartilhar histórias e quer pagar mais baratinho ainda, é bom se jogar nesse tipo de serviço.

Onde eu me hospedo?

Tá ai uma pergunta que é BEM de boa responder. Independente do seu estilo, temperamento, personalidade, tem lugar para todo mundo. Não precisa desistir da viagem por causa da hospedagem. Você conhece a infinidade de plataformas que estão disponíveis por ai? Então… vale a pena conhecer e aí sim, decidir como prefere.

  • Airbnb: O famosinho da hora é o Airbnb. Uma plataforma que disponibiliza aluguéis de casas, quartos, apartamentos. Se você é daqueles que gosta de se hospedar como um local, o Airbnb pode ser uma boa pedida. Os membros precisam ter um cadastro e podem tanto hospedar como apenas alugar (sejam quartos dentro de residências ou residências inteiras – agora estão até com proposta de atividades diferenciadas feitas com locais, acredita?). Todos os reviews são mantidos originais, ou seja, se a pessoa que hospedar ou for alugar tiver avaliações ruins, fica gravado na página e não é possível excluir. Esse tipo de hospedagem te permite escolher apenas um quarto ou residências por inteiro (o que pode ser um benefício legal para quem viaja em grupo). Se você for fazer a divisão de contas, em alguns momentos pode ser mais barato que locar camas em hostel. Nós somos cadastradas e já passamos pelas duas experiências, como host e anfitrião e ó: foi bem bacana!

  • Hostel: É aquela velha e tradicional opção de quem é mochileiro e adora viajar. Mas olha, não se assuste! Tem todo o tipo de acomodação e pessoas em hostel. Alguns oferecem quarto privativo com banheiro privativo, outros quartos com 8, 10, 12 camas e banheiros coletivos … é muita opção. Em geral, galera mais jovem costuma ficar em hostel pela comodidade do preço. Quanto mais camas em um quarto, mais barato fica. Já cheguei a pagar 9,90€ pela noite em um hostel em Lisboa. Ou seja, sucesso! Claro que pagando isso pelo serviço você não vai esperar serviço de quarto e massagem, né? Você pode dar uma pesquisada nos hostels clicando aqui, aqui e aqui.

  • Couchsurfing: A mais antiga plataforma de troca de hospedagem é GRATUITA! Sim, caros maracujalinos, se hospedar pelo Couchsurfing é de graça e você ainda sai cheio de histórias para contar. Quando conheci essa plataforma (Cibele), morria de medo de usar. Não sabia se seria seguro, tinha muitas dúvidas. Então comecei observando os amigos praticando (recebendo e se hospedando) e criei coragem. Depois disso, virei fã. Essa modalidade é típica para quem gosta de conhecer outras culturas e trocar mais informações com os nativos. Normalmente, a pessoa nem precisa ter uma cama sobrando em casa para te oferecer. Às vezes, ela só tem um espacinho no chão. Tem de tudo! Como existe muito disso (de não ter um lugarzinho como cama), a galera que costuma usar o Couchsurfing tem seu kit pronto: saco de dormir, colchão inflável e travesseirinho de inflar. É uma prática muito legal e que vai aliviar muito no seu orçamento, mas aqui já vai um aviso: tem que interagir e participar! O propósito desta rede é a troca de conhecimentos através de culturas diferentes.

  • Workaway: Se você é mais aventureiro ainda, temos uma dica MARA. Gosta de pessoas, troca de culturas e experiências novas? Você pode se hospedar em troca de trabalho. No Workaway você faz o seu cadastro e pode escolher entre as diversas ofertas que existem lá. É grátis e você só precisa ter disposição e ser comunicativo. Joga toda essa sua brasilidade e malemolência na sociedade meu amor e aproveite para conhecer o que os outros podem te ensinar. Enjoy it!

Mas e a comida?

“Nem só de pão vive o homem”, já foi escrito em algum lugar. Não precisa entrar na paranoia de “cara, vou comer mega errado na viagem” ou “mas CREDO que vou pagar para comer fora”. Primeiro de tudo: se você está viajando, nada mais justo do que começar a conhecer um país pela comida que ele te oferece, né? É muito bacana quando você se dá conta de que, comer fora, em restaurantes locais, barraquinhas de rua, restaurantes low cost, fazem toda a diferença. É óbvio que você não vai ir em um super restaurante caro (até porque se você for, chama ‘nóis’ e paga ‘panóis’). A gente fala de buscar alternativas possíveis.

  • Se você ficar em hostel, airbnb ou couchsurfing, rola de usar a cozinha do lugar e preparar alguma coisa bem gostosa. Aproveita e já prepara um sanduba reforçado para a jornada do dia e separa uma graninha para experimentar alguma comidinha de rua.
  • Se você for daqueles que tem preguiça máxima de cozinhar, vale a pena dar uma olhada em alguns aplicativos que acham restaurantes para a sua preferência. Você pode usar o Foursquare, o Zomato e o TripAdvisor. KIRIDOS se vocês forem do #TimeVeg, basta delimitar no campo de pesquisa “Restaurantes Vegetarianos” ou “Restaurantes Veganos”, por exemplo. O Zomato é um aplicativo mais voltado para mostrar os cardápios dos restaurantes, então aconselho que usem os 3 em conjunto. Todos podem ser acessados também pelo computador 😉
  • Procure feirinhas de rua. Elas são o melhor cartão de visita que uma cidade pode oferecer. Geralmente tem a comida mais barata e coisas típicas do lugar. Fora que é um charme bem especial apreciar esse tipo de culinária (de rua – somos dessas!). Aqui em Amsterdam já falamos sobre a Albert Cuypmarket, por exemplo.

Mas eu não sei falar a língua daquele lugar!

Eu não sei falar Mandarim, mas você acha que se a passagem estiver em promoção eu vou deixar de ir por isso? Errrrrrrrou! Hoje em dia tem taaaanto aplicativo que te ajuda com isso. Mais do que aplicativos, o velho e bom google tradutor ainda te ajuda no maior aperto. Mas se você quiser conhecer alguns outros aplicativos, a gente te indica o Duolingo (para tentar aprender e treinar o ouvido antes da viagem) e o HiNative.

Mas eu SOU/ESTOU sozinha(o)!

Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é ela menina que “põe a mochila nas costas e se joga no mundo”. Não desanime se você não tiver companhia: a melhor companhia que você pode ter é a sua, sempre. Claro que é legal dividir a viagem com amigos ou companheiro (a), mas nem sempre dá para conciliar as datas ou todos estão disponíveis. E você vai perder uma oportunidade de passagem barata e deixar de conhecer um lugar que sempre sonhou porque está sozinha(o)? Não fica com medo, ele é o teu pior inimigo e com certeza vai te botar para baixo. Coragem! A gente já vivenciou isso e temos muitas leitoras (siiimm, essas mulheres maravilhosas) que fazem parte da nossa família maracujalina que viajam sozinhas sempre que podem e dá! Coisa mais linda, nossos orgulhos!

Esqueça o luxo!

Se você pensa que viagem low cost é aquele tipo de viagem que você vai ter acesso a tudo… é mais ou menos. Quando viajamos com pouca grana, temos que escolher os lugares mais baratos. Com isso, o trabalho de pesquisa é maior, mas as experiências são, normalmente, mais locais do que colocadas na redoma do turismo. Pense sempre fora da caixa quando for fazer uma viagem e lembre-se que, sempre vai existir o turismo pronto e que, às vezes, ele é válido, mas o ideal é que você monte o seu roteiro de acordo com o que você realmente gosta – pelo menos é assim que fazemos as nossas viagens e é o nosso modo de ver as coisas.

Agora em outubro de 2018 saiu um vídeo da Dani e do Paulo com a Nath Arcuri sobre viajar com pouco dinheiro! Dá uma olhada aqui embaixo nas dicas que eles deram e vê se a gente não tá beeeem alinhadinhos! 😉

Esperamos que, com toda essa motivação, você saia do seu sofá para ir para algum outro – de preferência, beeeeem longe do seu!


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