Às vezes a gente muda de país e até tinha bichinho em casa, daí bate aquela saudade, né? Mas, ao mesmo tempo, tudo é tão temporário ou mutável por aqui que não vale a pena ir atrás de um bichinho para chamar de seu. Aí junta a isso o fato de haver um espaço 100% vegetariano (ou seja, vegano) bastante carinhoso e aconchegante para você comer umas coisinhas gostosas. Se você se viu nessas situações, assim como me encontro, no momento, o Porto dos Gatos é o lugar perfeito. 

Já tem algum tempo que o “cat café” (como eles chamam por aqui) abriu – especificamente no dia 17 de março de 2018. Já fui lá algumas vezes desde então e já cheguei a conversar com as meninas sobre diversos assuntos. Para além das refeições diárias, as meninas contam com francesinhas (mediante reserva), doces, tostas, cafés e claro, o motivo de toda a euforia… gatos!

De onde veio essa ideia?

A Joana Rocha e a Fátima Meireles arranjaram uma forma muito bonita de unir o trabalho de sensibilização e empatia com a causa animal tanto num ativismo pela adoção, quanto pelo ativismo pelo uso de uma ementa 100% vegetal. A Fátima e a Joana possuem uma associação chamada Vida de Gato e, aos poucos, trazem ao café alguns gatinhos que tem sido adotados com sucesso. Toda vida que eles são adotados, elas publicam na página do Facebook que o bichinho encontrou um lar para chamar de seu.

O que eu encontro lá para comer?

Tudo o que você vai encontrar lá é de origem vegetal. Ui que essa frase já eliminou metade das pessoas que chegaram até aqui hahaha Mas olha, acho que você deveria dar uma chance aos enchidos, aos queijos e à enorme variedade de produtos que as meninas têm por lá. Muita gente torce o nariz, mas, quando prova, percebe que aquilo não passava de um pré-conceito. Vale a pena a experiência!

Eu já provei o brownie (1,80€), o bolo de maracujá roxo (quem aí viu isso no stories? rere) (2,5€), o café (0,80€), a limonada e a minha tosta favorita, a Pixie Bob (4,50€), feita com pão saloio, tomate, manjericão fresco, queijo fumado vegetal e orégãos! É mara! Vou deixar aqui abaixo uma galeria de coisas de deixar água na boca para que você seja impulsionado(a) com sucesso a experimentar as gostosuras que as meninas têm lá. Ah! Depois das gostosuras e das fotos do espaço, eu deixo o menu para você dar uma olhada – já percebi que é só aqui no Maracujá Roxo que você vai encontrar isso por enquanto! ;p

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A noite das Francesinhas

Toda sexta-feira, mediante agendamento por telefone ou presencialmente, as meninas aceitam reservas para o jantar que fazem por lá. Basta que você diga quantas pessoas são, o horário que irão jantar e qual francesinha vão querer pedir – para que elas se programem. Existem duas opções de francesinhas: Europeu Comum (9€), feita de pão, chouriço picante e vegetal, salsicha vegetal, pimento assado, queijo fumado vegetal e molho; e a Sphiynx (8€), feita de pão, “beringela” (aqui berinjela se escreve com g), pimento assado, salsicha vegetal, cogumelos, queijo vegetal e molho. A batata frita é escolhida à parte e tem as opções 1 dose (2€) e meia dose (1,50€).

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Minhas impressões

As meninas são super atenciosas e o negócio é recente, então acho que tem tudo para dar certo, porém, existem alguns probleminhas acontecendo sim e não dá para ignorar. Elas estão passando por um problema com o quadro de energia e vira e mexe, se sobrecarrega, a energia cai. E isso gera um problemão, tanto em termos de cozinha, quanto em termos de constrangimento ao cliente que está no restaurante, porque imagina se você está trabalhando (lá é um ótimo lugar para trabalhar, porque as meninas não ficam te importunando oferecendo coisas como alguns outros cafés fazem e te deixam bem livre para trabalhar) e fazendo algo importante e DO NADA a internet cai, sei lá… meio hard. Mas sei que elas estão tentando resolver isso.

Outra questão que senti sobre a francesinha foi que o pão usado nela não é muito adequado para a função dele… No caso da minha amiga, que pediu a francesinha com o molho, ela sentiu que o pão dela estava dissolvendo (porque a francesinha vem embebida no molho né) e eu, no meu caso (que tenho que pedir com o molho a parte e ir despejando por não poder comer pimenta), percebi que o pão saía em pedaços quando cortado, de um jeito que não era o esperado. Então, talvez sobre o pão eu também tenha essa ressalva.

De resto, gosto muito do atendimento das meninas, sempre conversamos sobre as coisas, as comidinhas são muito gostosas e o ambiente é super aconchegante. <3

Mas os gatos ficam soltos? Como funciona?

O restaurante é dividido em 3 grandes áreas: parte do restaurante, onde você fica perto da cozinha e vê o preparo de tudo; a parte dos gatinhos, em uma sala que conseguimos ver antes mesmo de chegarmos lá – devido ao vidro que separa as duas salas (foto); área externa, onde os bichinhos também ficam circulando tranquilamente.

Resumindo: se você tem medo de gato ou não gosta da interação por algum motivo, mas ainda assim quer ir ver o cat café, fique ali na salinha antes dos bichinhos. Se você gosta dos bichinhos e quer interagir com eles, para além de poder ficar lá pela área externa ou dentro da sala com os gatinhos (há 2 mesas), bom… vou te pedir algumas coisinhas…

Regras de quem leu esse post e quer ir lá

Todos os bichinhos que lá estão são extremamente dóceis e amorezinhos, por isso, é bom que hajam algumas regras, uma vez que são seres vivos e devem ser respeitados. Nada de dar uma de felícia e ficar enchendo o saco dos bichos, hein?

• Não fotografar com flashes
• Não os acordar
• Não os pegar no colo contra a vontade dos animais
• Não gritar
• POR FAVOR não apareçam lá só para irem direto até os gatos e mexer com eles. Que tal tomar um café, comer uma fatia de bolo e aí ir lá. Ou que tal comprar algum botom que elas lá tem para ajudar na manutenção dos bichinhos?
• Falem que viram o post no Maracujá Roxo, para dar aquela forcinha, beleza? Isso ajuda bastante o meu trabalho <3

Finalizando com chave de ouro… o clássico serviço do Maracujá Roxo!

Baixe aí no seu celular, compartilhe com os migos e aí tudo fica bem mais simples, né nom? :p