Todo mundo tem seu lugar favorito na cidade em que vive, né? Uma praia pra tomar cerveja, uma rua instagramável, aquele prédio com arquitetura de tirar o fôlego… Sou suspeita pra falar dos Jardins do Palácio de Cristal, porque se me soltarem nessa cidade eu sempre termino indo pra lá. Mas, por isso mesmo, preciso compartilhar com vocês os motivos que me fazem morrer de amores pelo Palácio (para os íntimos, tá?).
Bom, mas antes de tudo, deixa eu me apresentar. Meu nome é Laura Cortizo, tenho 31 anos, sou de Recife e moro no Porto há 10 meses. Sou formada em jornalismo, atuo na área de comunicação corporativa há um tempão e estou no time de novos colaboradores do Maracujá Roxo. Me interesso por tudo que envolve cultura e cidade, amo programações ao ar livre (saudades, verão!) e, claro, uma boa comidinha, então meus posts provavelmente vão trazer esses temas com frequência. Vamo nessa?
Como eu estava falando, sou fã dos Jardins do Palácio de Cristal e o principal motivo disso é que ele é meio um combo de coisas legais pra fazer na cidade: são quase 10 hectares com opções de programinhas tanto indoor quanto outdoor. Então vamos ao que interessa – ou, como se diz aqui no Porto, “força”!
1. Conhecer o pavilhão novinho em folha
Como a época das chuvas chegou com tudo, vamos começar logo pelos ambientes fechados, né? Depois de uma longa reforma, foi inaugurada na última semana de outubro a Arena Super Bock – Pavilhão Rosa Mota, aquela cúpula verde cheia de círculos que a gente vê de longe. O espaço vai receber eventos esportivos, congressos e shows – os brasileiros Alexandre Pires e Marília Mendonça estão entre os confirmados, além do português Rui Veloso. Mas o que eu mais curti é que as mudanças vão permitir que os visitantes subam até o teto do edifício, onde temos uma vista 360º da cidade. Já quero!
Reprodução | Super Bock Arena
2. Conferir uma exposição de arte
Mais uma dica para os dias de chuva: a Galeria Municipal do Porto, que fica na área dos Jardins do Palácio de Cristal, sempre tem exposição rolando e é uma ótima opção de programa indoor. Dia desses, eu estava com visita, aquele temporal na cidade e a saída foi visitar a exposição Millenials – Design do Novo Milénio, que vai até o dia 17 de novembro. Valeu super a pena e ainda dá tempo de você ir.
3. Estudar/trabalhar na Biblioteca Almeida Garrett
Minha relação afetiva com o Palácio tem muito a ver com esse ponto aqui. Quando cheguei no Porto, o inverno tava no auge e eu me refugiava nessa biblioteca o máximo que eu podia. Até testei outros daqueles espaços que Camila falou aqui nesse post, mas pra mim esse segue sendo o melhor: a temperatura tá sempre regulada de acordo com o clima, é fácil conseguir uma mesa disponível, o espaço é amplo, bem dividido e, claro, tem um ótimo acervo. Sabe aquela coisa de “o único problema é que acaba”? Pronto, é exatamente isso: o único defeito é que a biblioteca fecha cedo, às 18h.
4. Renovar as fotos do Insta
Pronto, chegamos nos programinhas ao ar livre! Os jardins são realmente lindos e as vistas são estonteantes. Leva tempo para explorar cada espaço, mas se você gosta de fotos, logo vai reconhecer alguns cenários que bombam nos perfis do Instagram. Inclusive, você já viu o nosso vídeo de lugares instagramáveis no Porto? Além dos jardins em si, tem a muretinha com vista para a ponte Arrábida, tem as torrezinhas com vista para o Jardim do Morro, tem o roseiral e até um bocado de pavão se exibindo para os visitantes.
5. Fazer um picnic delícia (ah, o verão!)
Também na vibe outdoor, os dias de sol são um convite para se esparramar em um daqueles gramados e fazer um bom picnic por ali com os amigos, curtindo uma sombra massa e uma vista linda. Dica extra: é na primavera e no verão que rolam feirinhas como a Cidade Mais e a Feira do Livro, aulas de yoga e dança abertas ao público, festival de jazz (como nesse dia da foto abaixo), entre outros. Então se você der sorte, também pode aproveitar esse rolê extra.
Senta que lá vem história
Beleza, Laura! Tu falou, falou, mas não vi nada sobre O PALÁCIO meeesmo. Pois é, minha gente, sinto desapontar vocês. Eu mesma fiquei decepcionadíssima quando descobri, mas a verdade é que ele não existe mais. Demolido em 1951 para dar lugar a um edifício mais funcional, o Palácio de Cristal foi projetado pelo arquiteto inglês Thomas Dillen Jones, inspirado no Chrystal Palace de Londres. Era um edifício em granito, ferro e vidro, que ficava exatamente ali onde hoje está a Arena Super Bock – Pavilhão Rosa Mota.
O Palácio foi inaugurado em 1865, pelo próprio rei D. Luiz (aquele que dá o nome à ponte de ferro famosinha). Na mesma época, o paisagista alemão Émile David projetou os jardins românticos em torno da construção. O espaço foi pensado para acolher a Exposição Internacional do Porto e, durante os 86 anos em que funcionou, recebeu vários outros eventos desse tipo. Agora, ficamos só com o nome a aproveitamos o que temos, né?