Não é novidade para ninguém que, aqui no Maracujá Roxo, nós falamos sobre burocracias, ensino e outros temas super pertinentes ao público que quer vir estudar na Europa. Já falamos por aqui sobre algumas bolsas de estudo que você pode tentar para custear os seus estudos e mencionamos o programa Erasmus. Você sabe o que é o Programa Erasmus?
Senta confortavelmente aí, pega a sua xícara de chá, café, garrafinha de água (ou cachaça mesmo) e vem entender um pouquinho sobre esse programa que pode te ajudar a conseguir a tão sonhada bolsa mobilidade de estudos na Europa!
O que é o programa Erasmus +?
O Programa Erasmus + destina-se a apoiar as atividades europeias das instituições de ensino superior e promove a mobilidade e o intercâmbio de estudantes, professores e funcionários das Instituições de Ensino Superior. Ou seja, é um programa que fomenta a mobilidade. Originalmente, o programa foi chamado de Erasmus, homenagem ao teólogo e humanista neerlandês Erasmus de Rotterdam que viajou por quase toda a Europa, a propósito, a sede do programa fica na Holanda. Criado no ano de 2004, o programa expandiu a cada ano que passava e já teve diferentes ações. Após 10 anos de existência, a comissão de organização do programa mudou o nome do projeto para Erasmus +. A mudança de nome estava atrelada justamente a expansão de atividades e orçamento que proporcionou a junção de diferentes programas em uma única plataforma de divulgação.
Como é essa mobilidade?
As bolsas Erasmus + são bolsas de mobilidade e não são consideradas bolsas de estudo, destinam-se, apenas, a cobrir as despesas extras resultantes da realização de um período de estudos em outro Estado elegível (as despesas de viagem e as decorrentes da diferença do custo de vida no país anfitrião). Ou seja, o programa não tem por fim cobrir a totalidade das despesas normais de subsistência do estudante.
Como funciona o programa e quais os tipos de bolsa?
O Erasmus+ ajuda a organizar intercâmbios de estudantes universitários, mestrandos e doutorandos entre países do programa e entre estes e países parceiros. As oportunidades para estudar em mobilidade no ano de 2019 estão disponíveis para licenciatura, mestrado e doutorado. Os estudantes de mestrado que frequentem um ciclo de estudos completo em outro país (até dois anos) poderão beneficiar de um empréstimo para mestrado Erasmus+ garantido pela UE.
Se tanto o país de origem como o país de destino do estudante forem países do programa, o(a) estudante tem direito a receber ajuda para aprender a língua local. Também é importante frisar que se o estudante for portador de algum problema de saúde que necessite acompanhamento, deficiência física ou mental, o programa proporciona ajuda de custos extra.
Ok, mas como é de fato o programa?
O programa permite que você escolha o máximo de 3 países para fazer sua mobilidade. Na prática funciona assim:
Você estuda na UP e passou para o edital de uma universidade na Espanha. Esse edital permite a mobilidade com mais 2 instituições. Claro que existe uma lista e você precisa escolher entre as conveniadas, normalmente vai ser no mesmo curso que você iniciou. Então você opta por fazer mobilidade para a Irlanda e Dinamarca. Você vai cursar 6 meses em cada país. É importante destacar que a duração e opção de mobilidade vai variar de acordo com a oferta de cada curso e você pode se candidatar para o máximo de 3 cursos. É por isso que, o programa exige que você fale pelo menos a língua inglesa.
Aqui no Maracujá Roxo nós já falamos sobre a importância de falar inglês
e listamos os top 3 aplicativos para aprender idiomas.
O período de estudos no estrangeiro pode ter uma duração mínima de 3 meses (ou um período academico/trimestre) e máxima de 12 meses. O tempo total passado no estrangeiro não pode exceder 12 meses num ciclo de estudos. Ciclo de estudos se refere ao nível de estudos conforme definido pelo Quadro Europeu de Qualificações (QEQ):
- Primeiro ciclo (licenciatura ou equivalente) QEQ – 5/6
- Segundo ciclo (mestrado ou equivalente) QEQ 7
- Terceiro ciclo (doutoramento ou equivalente) QEQ 8
Para cursos de um ciclo, como medicina ou arquitetura, a estadia no estrangeiro pode ter uma duração máxima de 24 meses.
Quem pode se inscrever no programa Erasmus +?
Todos nós! Como assim? O Erasmus+ abre oportunidades a todos, nomeadamente, a estudantes, pessoal não-docente, estagiários, professores e voluntários. E não se trata só da Europa e dos europeus. O Erasmus+ alarga estas oportunidades a pessoas de todo o mundo. Um dos pré-requisitos é de que os estudantes devem estar matriculados numa instituição de ensino superior, em estudos que conduzam a um grau ou outra qualificação reconhecida de nível terciário. Os estudantes do primeiro ciclo devem estar matriculados, pelo menos, no segundo ano de estudos.
Como faço para me candidatar?
- Clicar aqui para escolher o seu curso de interesse em mestrado. Já os doutorandos também podem se beneficiar de apoio da UE para realizar períodos de investigação no estrangeiro através das ações Marie Skłodowska-Curie.
- O segundo passo, depois de escolher, é verificar todas as exigências que o curso solicita. Cada curso tem sua regra e, por isso, as exigências são diferentes, isso inclui os períodos de candidatura.
- O terceiro passo é preparar toda a documentação exigida com bastante antecedência. O programa não costuma abrir exceções para os atrasados, prazo bateu na porta, abre ela e deixar entrar! A maioria dos cursos abre as inscrições on line e exige o envio da documentação por correio. Para completar a felicidade da nação, quando você conclui o seu período de estudos em mobilidade você sai com o certificado de estudos e diploma devidamente reconhecidos.
Todas as informações completinhas e o passo-a-passo para sua candidatura estão disponíveis no guia do programa de 2019 (em português) ou no site do programa. Ah! É bom lembrar também que toda instituição aderente do programa deve ter um gabinete de Erasmus+ onde você pode tirar as suas dúvidas pedir ajuda e saber sobre os prazos.