30 Coisas sobre Portugal que ninguém te diz [Parte 01]

Hoje é dia de falar umas verdades, sabe? É hora de descobrir algumas coisinhas sobre Portugal – se são novidades boas ou ruins, cabe a você decidir, monamour. Eu, aqui, só venho contar umas news. Senta aqui com a tia.

1. Andar andar e andar – na horizontal, vertical e principalmente na diagonal

Eu vivia em Brasília, né mores. Lá tudo é bastante afastado e viver com transporte pessoal (ou caronas/uber no meu caso) era questão de sobrevivência. O comércio e as coisinhas que preciso normalmente são bem mais próximo de casa e, na maioria das vezes, dá para se viver sem carro e se transportar com as suas perninhas e o transporte público. Dentro do meu contexto, eu passei do sedentarismo de depender muito mais do carro próprio da família diretamente para depender das minhas pernas – ambas as situações com muito mais frequência do que o uso do transporte público, por eu morar na baixa do Porto, que por sinal, nos leva ao nosso próximo ponto.

2. O transporte público é topíssimo, topzêra, toperson

Olha, já chegamos a mencionar isso no post do andante, mas o transporte público – principalmente do Porto – eu não tenho o que falar um a. Sei que alguns dos próprios portugueses reclamam muito sobre a malha de transportes deles, mas amores, convenhamos né… a gente sabe muito bem o que é esperar por um ônibus que, por vezes, pode ser apenas fruto das nossas imaginações. Quem nunca sempre perdia horas à espera de um ônibus na parada que, ao final de um tempão de espera, descobria que afinal não ia circular no dia? Agora, eu olho no papel da parada por aqui e os horários quase sempre batem (com um atraso de até 5 minutos em casos graves) AND os aplicativos de ônibus sempre calculam exatamente os horários de tudo. Bão demais!

3. Acender a luz DE FORA do banheiro

Alô alô pra você que já ficou no escuro algumas várias vezes e ficava tateando as paredes dentro do banheiro tentando achar a famigerada luz de Deus e não achou nada até que aprendeu que aquele interruptor que fica ali do lado de fora não é para acender a luz do corredor, mas sim para a do banheiro. Um beijo também para você, amigo brasileiro da zoeira que não perde a oportunidade de trolar o outro apagando a luz enquanto o amiguinho está lá dentro do banheiro. Consigo sentir você aí do outro lado da tela lembrando de pelo menos uma situação embaraçosa envolvendo esse bendito/maldito interruptor. Se você ainda não teve nenhuma experiência, fica a #DicaMaracujaRoxoDeOuro: aqui. os interruptores da luz do banheiro. são. do lado. DE FORA. do banheiro. Grata.

4. WTF não tem ralo no banheiro?

Êta que hoje é dia de faxinão! Juntei minha melhor playlist Anitta + samba + sertanejo (brinks nem ouço) + “vocês pensaram que eu não ia rebolar a minha bunda hoje”, agarrei na minha vassoura esfregona (calma que isso já vai ser o próximo ponto), os produtinhos já tão tudo felizes para serem usados e bora molhar a bagaça toda. Aí você molha, esfrega e tudo. E na hora de tirar a espuma percebe que não tem um maldito de um ralo para escoar essa bagunça toda. O único ralo é o do chuveiro/banheira. A-N-T-A! Vai lá, inteligentão/inteligentona, pega a esfregona (calma, segura a ansiedade) e os panos todos para limpar a bagaceira que tu fez. Bom, mas agora que tu já sabe desse esquema, que leu aqui no blog, não vai fazer uma proeza dessas né nom?

* Um beijo grande para a Luíza do 360 meridianos que me contou sobre essa odisseia antes mesmo de eu chegar aqui. Agora repasso a informação procês.

5. Esfregona who? #KDMEURODO

Amigas e amigos, eu sinto a “vossa” dor. Rodo é uma coisa que lembra casa, o conforto das faxinas bem executadas, faz parte de dizeres populares brasileiros #PassarORodo. A saudade por aqui foi tão grande que, quando eu vi que o IKEA vendia um rodo que era mais para pia, eu me fiz de MacGyver e dei um jeito de enfiar aquilo num cabo de vassoura, passar fita e é nóix: habemus rodo. Fica a dica desse hacker para vocês aí que estiverem sofrendo na adaptação à esfregona. Mas olha, até que me rendi a esse bicho. A partir do momento em que a água brota da parede e você precisa tirar ela ali do chão, você passa a entender que e esfregona é top e pede desculpas a todos os portugueses desde antes dos descobrimentos por ter falado mal daquilo. hahaha

6. Jogar o papel no vaso

Ainda dentro do momento banheiro, eu estava assistindo uma vlogger americana um dia desses, que tinha ido para o Brasil passar uns tempos com o namorado e ela falava sobre as expectativas/receios do Brasil e estava ponderando o que tinha dito naquele vídeo alguns meses depois de viver lá. Um dos itens foi o “jogar o papel sujo na lixeirinha do banheiro”, sobre o quanto que aquilo parecia nada higiênico para ela, o quanto deveria feder e etc. Lembrei que, quando ia ao Rio de Janeiro visitar a família, a galera lá sempre teve mais esse costume (e imagino que em outras partes do Brasil também), mas eu sempre estranhava. Comentei com uma amiga tuga e ela achou isso de jogar o papel ali na lixeirinha do banheiro meio estranho também e comentou que aqui isso não acontece e que nem lixo no banheiro eles normalmente têm – quando precisam jogar algo no lixo, levam para o lixo que está na cozinha, por exemplo, e pronto.

7. Tomar um café – só que por volta das 23h ou mais

Essa do café eu acho que muita gente já escutou e talvez já tenha vindo preparado. Muuuitos outros eu acredito que não. Quando recebo mensagens de amigos ainda hoje, tarde da noite, falando que está no café com os amigos ou me chamando para tomar um café, morro de rir. É estranho pensar que eles chamam para um café ou para uns copos na verdade te chamando para tomar uns finos – ou simplesmente umas cervejinhas no nosso português.

8. 1€ ou menos na cerveja

Amor, sucesso tem o sobrenome de superbock. Se você sair com os amigos, vai perceber que os finos giram em torno de 1€ (mas também é possível encontrar de garrafa e inclusive Stout por esse valor – beijos poveiros #QuintalDeCasa) e que as minis são uns 50 cêntimos. Se dá pra ser feliz com pouco? Ô se dá. Fora que vira e mexe rolam umas promoções – regadas às filas estudantis – com superbock bem mais em conta. É sucesso. No supermercado, é comum que fique ainda mais barato. Então, aquele esquenta antes de sair de casa também tá pra jogo 🙂

9. Vinhos bons e baratos

Um senhor vinho é possível ser encontrado por cerca de 3€ tranquilamente por aí. Como eu já sei uns que gosto, fico monitorando os preços e, como sei que às vezes rolam promoções, aproveito e faço aqueeeeela boa dispensa que brasileiro sabe como é, então nunca falta e é possível economizar bastante nessa brincadeira. Já falei que sou a tia chata do rolê que economiza cada centavinho e aí mochila pelos lugares, lembra?

10. As pessoas fumam em todos os cantos – dentro das festas e bares também

Quem mora por aqui já sabe: se vai sair de noite, pega aquela roupa que já tá usada pronta pra ir pra máquina ou então ponha-se em risco de usar uma limpinha e voltar com ela fedendo a cigarro. Para além dos ambientes abertos, aqui é possível fumar em ambientes fechados – exceto se a política do lugar tiver restrições com relação a isso. Então é super comum você ir a um bar sem esplanadas e sendo ele todo uma “área para fumante” – e aí, meu amor, a minha dica, nessa situação, é: vai atrás de sentar perto de uma janela e foge como o diabo foge da cruz dos subsolos. Subsolo, seja em balada, seja em bar, é o demônio. E esses lugares não costumam ter ventilação decente, então você realmente vai sentir a pessoa na mesa bem ao lado da sua fumando e não vai ter como se livrar da nhaca. Se isso te incomoda, procure sempre se informar sobre os lugares que vai antes de ir, para evitar inconvenientes.

11. Intervalo no cinema

Imagine a seguinte cena: você vai ao cinema, sozinha(o) pela primeira vez, em um país em que nunca leu nada sobre “como é ir ao cinema” – até porque é um tópico muito inexpressivo para a maioria dos blogueiros, eu acho. Pagou ar coisa tudo: top. Tá com a comidinha e indo para o seu assento: top. Mil trailers e propagandas: até aí, só o sotaque e algumas palavras podem te render risadas. UHUL, filme começou! Você está lá no meio da trama, toda envolvida e tentando desvendar quem que cometeu aquele assassinato ou quem fez sei lá o quê e PEI, a luz acende. Simples assim e do nada. As pessoas levantam, umas saem da sala e você fica: WTF Q Q TA CONTECENO. Eis que surgem as letrinhas fofas que formam a palavra intervalo. É, meus amores, aqui eles te dão alguns minutinhos para você fazer aquele xixi, comprar alguma coisa ou simplesmente checar as redes sociais enquanto o filme não recomeça. Morri de rir quando isso aconteceu da primeira vez e não entendi nada.

PS: Quando comentei isso com uma das minhas amigas tugas, ela disse: oh, mas então, quando viram senhor dos anéis tiveram que assistir todas aquelas horas sentados na cadeira, sem intervalo? E eu respondi:”sim” – com lágrimas de sangue escorrendo no rosto.

12. Trocando o ‘alô’ por ‘tô’

Se tem uma coisa que acho engraçado e fofinho ao mesmo tempo é o jeito com o qual eles falam no telefone. Telefone chamando. A pessoa atende e diz: “tô” ou a versão estendida mais rara (tô sim). E aí já bate aquele: o que eu falo? hahaha Eu mesma me faço de louca e começo a falar – sempre me faço de louca, é uma ótima tática. Aí papo vai e papo vem, a ligação falha para eles e logo vem uns “tô”…. “tô”… hahaha Aí beleza, tudo normal, hora de se despedir. Não sei se eles não sabem o que dizer ou se querem dizer logo tudo, que de uma só vez vem: “beijos, té logo, adeus, boa tarde, com licença, xau xau”. E aí você fica respondendo a cada uma dessas palavras e fica parecendo que estava falando com um(a) namorado(a) naqueles jogos de “desliga você primeiro”, mas era só o eletricista mesmo.

13. 40 minutos de carro é beeeeem longe

Olha, acho que até já mencionei essa história em outro post. Estávamos indo fazer uma roadtrip por Portugal e a distância de alguma coisa era a 40 minutos. As meninas disseram que isso era longe. Eu ri, claro e comentei que isso, dependendo do dia e momento, não é nem a distância de ir de uma cidade satélite para Brasília ou de ir para a padaria de carro em SP. hahaha Mas realmente as referências de tudo mudam quando estamos aqui na Europa e é uma delícia se sentir deslocada assim ao perceber que, por vezes, nem nós mesmos percebemos o tamanho do nosso país.

14. Os passarinhos vêm com a primavera

Comecei a perceber que as quatro estações realmente existem quando cheguei aqui – até então só era mesmo uma música da Sandy & Junior. Risos. Aqui a gente percebe bem que as folhas ficam vermelhas e caem no outono, as árvores ficam peladas no inverno, as folhas e flores começam a nascer na primavera e – reza a lenda – que aqui faz calor no verão. Eu só acredito, porque no ano passado não senti esse calor todo não. Mas enfim, o tópico aqui é primavera e, meus amores, aqui no Porto vocês vão perceber que os passarinhos que mais vemos são pombos e gaivotas. E isso é muito triste, principalmente quando pensamos que viemos de um país com tanta fauna. Lembra do “as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá“? Pois é. As andorinhas e cucos por aqui realmente marcam a primavera por aqui, como uma espécie de presságio. E eu, que amo passarinhos, fico com sorriso de orelha à orelha.

15. Marcas brancas dos mercados

Se você viu o meu post sobre custo de vida, em que falo sobre os supermercados, sabe que falei sobre a economia que pode ser feita com os produtos marcas brancas. Os produtos chamados de “marca branca” são aqueles que são fabricados pelos próprios supermercados e, normalmente, no caso de Portugal, tem uma qualidade muuuuito boa e o preço mais em conta. Não é como alguns produtos no Brasil em que a marca do mercado custa mais cara do que a original – o que nunca fez sentido nenhum na minha cabeça, mas ok. As marcas brancas fazem parte da vida de muuuuita gente – portugueses ou estrangeiros – e realmente eu digo para vocês que podem confiar. Vale a pena testar produtos iguais de marcas brancas diferentes para ver qual é melhor e assim ir economizando 🙂

Não sei se você percebeu, mas essa é a parte 01… o que significa que a parte 02 is coming…

O que você descobriu e o que já sabia dessa lista? Quer me ajudar a fazer a próxima? Comenta aí embaixo! 😉


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