Já estava para visitar o Remédio Santo há algum tempo, afinal de contas, ele está no mapa do Veg and Go! e sempre ouvi falar muitíssimo bem entre os vegetarianos, veganos e simpatizantes desse estilo de vida aqui pelo Porto. Mas calma, o que será que ele tem de tão especial?
Reprodução | Facebook
Por detrás desta porta azul, existe um mundo inteiro de sabores, sensibilidades sem igual e um amor pelo que é feito que você percebe em cada cantinho da casa e dos pratos. Fui extremamente bem recebida pelo Paulo e, juro que, quando entrei, já me senti extremamente confortável. Eu tenho um sentimento tão bom quando entro em um local que mostra tanto carinho em cada detalhe que não sei nem como colocar em palavras. Talvez em imagens fique melhor de explicar.
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Para além de comida reconfortante, o detalhe de priorizar alimentos com certificação biológica, não processados e de base vegetal é realmente algo que, para mim, ganha muuuuuuuitos pontos. Sou uma pessoa que não gosta muito de comer esses seitans e afins. Prefiro mesmo “comida de verdade” #CausandoPolemica. Ah! E se soma isso tudo com uma boa comida portuguesa… PRONTO! Me ganhou!
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Agora chega de blablabla porque o povo quer mesmo é ver a cara da comida!
Para as entradas, pedimos 4 kibes com limão (4€) e sério… o melhor kibe que comi em MUITO tempo. Eu não tô de brincadeira. Estava muito saboroso! Pena que não consegui encontrar imagem dele por aí, vocês tinham que conseguir ver a textura daquilo! Fazia tanto tempo que não comia kibe assim tão bom que achei engraçado o fato de comer ele com limão “siciliano” (como dizemos no Brasil) – isso é muita riqueza no nosso país!
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Eu pedi uma porção de Shimejis à Brás (12€) e o meu amigo as Ervilhas Fumadas à Mirandesa (8€). Gente, eu juro que tô salivando só de escrever esse post – pura maldade! Como estávamos muito curiosos sobre a comida, o Paulo sugeriu que dividíssemos os nossos pratos para podermos provar os dois. Primeiro nos veio o shimeji e assim, eu juro que NUNCA tinha comido uma versão do “à Brás” tão gostosa! Já comi o alho francês à Brás e até um alho francês com cenouras, courgetes e tudo o que desse para economizar na batata, mas nossa, nada se compara ao shimeji.
JURO! Desde que fui lá não parei de pensar nesse prato! Momento ajude uma blogueira: onde encontro shimeji com bom preço e boa qualidade aqui perto do Bolhão? Estou apenas necessitada de recriar esse prato e fazer todo mundo tentar sentir esse sabor divinal!
Depois desse tiro que levei quando coloquei o Shimeji na boca, achava que não dava para melhorar. Aí descobri que estava errada. Gente, como é bom comer uma comida saborosa e bem feita, né? Sério! Quando as ervilhas chegaram, o contraste da ervilha, com os pimentos (pimentões) e a própria panelinha vermelha já me conquistou com os olhos. Aí depois, lentamente, o cheiro foi entrando em mim e se apossando de cada espaço meu que mal tinha sido apropriado pelo shimeji! hahaha Depois do visual e do olfato, veio a hora tão esperada do paladar.
Da série “não sou eu, mas poderia ser…”
Eu juro que foi uma explosão de sabores dentro de mim. Não vou nem dar muito detalhe porque quero que você vá lá e prove com a sua própria boca! Quem me conhece mais de perto já sabe o quanto eu amo comida bem temperada e o quanto eu valorizo quem entende que tempero não quer dizer apenas pimenta e sal. Eu não posso comer pimenta (ainda que algumas vezes a coma), porque realmente me faz muito mal, então, encontrar uma comida bem equilibrada e que mexe em tanta coisa dentro do paladar é algo que não sei mesmo explicar. Segundo o meu amigo, lembrou a ele de uma comida tailandesa que ele havia comido anos atrás.
Eu, como uma declarada viciada em séries e principalmente nas gastronomia, ressalto aqui: não é fantástico o poder do alimento de te lembrar de momentos bons ou ruins, confraternizações, memórias e ainda assim ser capaz de reconstruí-las e ressignificá-las? Se o propósito do Remédio Santo é este, pode ter certeza que o alcançaram com primazia! Mas ok, agora que passamos pelos pratos principais e entrada, vamos à sobremesa?
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Quão clichê e podre eu seria por te dizer que escolhi o Mousse de Maracujá (3,5€)? Rere! Meu corpo estava mesmo precisando de um doce, mas não um doce doce, sabe? Algo que tivesse um azedinho, que fosse balanceado ao ponto de me fazer comer até o fim do copo sem pestanejar. E pronto, foi isso que aconteceu: a sobremesa que era para ser dividida entre duas pessoas, foi inteiramente apropriada por esta que vos fala. Amigos, amigos, mousses de maracujá a parte! haha #brinks
E assim terminou a minha noite: feliz de viver, cheia de sabores e eu, que tinha escolhido o local do jantar para uma comemoração pessoal, não poderia estar mais certa e plena sobre a minha escolha! Agora quer uma dica MARA que só quem chegou até aqui vai ter? Então, de Segunda a Sexta, no almoço, há duas opções de pratos do dia e 3 opções de menus nas quais se incluem: pão, sopa, prato, bebida a copo selecionada e café ou, adicionalmente, entrada e sobremesa.
Esqueci de mencionar que lá tomamos um vinho Glória Reserva, da região do Douro, que estava MUUUUUUUUITO delicioso! Gostei bastante e deixo a indicação! Para além disso, vou deixar o menu do Remédio Santo aqui e as fotos da Ementa bem aqui. Quase esqueci de deixar o quadrinho de serviço (acho que todo mundo já entendeu o que achei de lá), mas aqui vai ele:
E aí se por algum acaso você está curioso para ver o que outras plataformas dizem sobre… dá uma olhada no que dizem lá no Zomato:
Não, este não foi um publipost e arrisco dizer, caros leitores, que este restaurante está facilmente ocupando o meu hall de restaurantes favoritos do Porto, se me perguntarem. Tô feliz demais em compartilhar essa dica com vocês, sério!
Quem for lá, já sabe: 1) menciona o Maracujá e 2) comenta aqui o que achou!
Você pode até entrar chateado(a), com problemas em casa ou no trabalho,
mas tenho certeza que vai esquecer de todos eles, porque esta comida é Remédio Santo MESMO!