Saudade é uma palavra tão pequena, mas com tanto significado. O sentido dela mudou de acordo com as minhas diferentes fases de vida e desde que mudei para Portugal, ela tem sido uma grande companheira, mais presente em alguns momentos do que outros, mas sempre ali, guardada no peito.
Rua da Saudade, aqui no Porto. Será que vim parar na cidade certa? Reprodução Ruas do Porto
Ao contrário do que muitos pensam, para mim, mudar para cá não é deixar tudo para trás, mas continuar a mesma história. Continuo a mesma Claudia, esquecida, tagarela, apegada com a família, transbordando emoção e trago no coração todas as memórias que me tornaram a pessoa que eu sou hoje. É claro, que a saudade foi uma companhia que se tornou mais importante aqui, mas ela vem me ensinando muitas coisas! Este verso do poeta Lucão traduz muito bem o sentimento:
“Amores nunca são demais.
Saudades nunca são de menos.
Viver não é para pequenos.”
Só complementaria: não é para os pequenos, de alma. Sentir saudade é saber que você ama e tem algum sentimento mais lindo e nobre do que esse? Não importa em que cantinho do planeta ou do universo estejamos, o amor não muda! Amar é a oportunidade de doar-se por inteiro no momento, de olhar para trás e agradecer por você ter tido a oportunidade de aprender grandes lições com seres e situações especiais. Acredito que a má fama da saudade pode ser mudada e sentir isso, engrandece a alma, pois é a certeza de que vivemos uma vida que vale a pena.
Recentemente o céu recebeu uma ser de luz incrível e este texto foi inspirado em todas as lições que eu aprendi com ela, a Bruma, a cachorra mais feliz e incrível da minha família lá no Brasil. Obrigada por tudo Bubu, seus ensinamentos estão mais vivos do que nunca dentro de mim! Alegra muito o pessoal ai em cima!