Quem aí já leu a parte 1 da minha viagem para Lisboa? Então, agora tá na hora de ir atrás de uns museus, né, conhecer um pouco mais da Alfama, ir atrás de um lugar para ouvir um bom fado (ou não), ver a final da Champions, LXFactory, entre tantas outras coisinhas. Vamo pra mais um dia de Lisboa comigo, hoje, então?
Sábado-feira, kiridos, aquele sol bem mara e a gente tomando um belo de um café da manhã em casa para economizar. Pobre é fogo. Hoje era dia de começar pelos museus ali pertinho de casa, para voltarmos e almoçarmos lá e depois ir para o outro lado da cidade. Então, para começar, como estávamos ali na região de Belém, fomos no Museu Nacional dos Coches (gratuito com o Lisboa Card). Cara, eu nem estava tão empolgada assim com esse museu (“uh, legal, carruagens, inhaí”), mas foi um dos museus que mais gostei de visitar em Lisboa! A estrutura tá super bem organizada, os coches são um mais lindo do que o outro, a multimídia que explica as histórias dali são super bem feitas e a gente ainda descobre a parte de quando a Família Real fugiu para o Brasil e levou suas coisinhas para lá. Mas basta de spoilers! Você tem que ir. Ah, e o melhor: quase ninguém vai, porque todos estão na fila dos pastéis de belém ou do eléctrico 28 haha
De lá, fomos ao Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia que, instalado na Avenida Brasília, parece que foi feito pelo Niemeyer. Também gratuito com o cartão, vale a pena visitar as duas partes do Museu (central + maat). Quando fomos, estava tendo a exposição do Sagmeister (que, apenas por “coincidência” foi o designer que fez a identidade visual da EDP – dona da p*rra toda ali no Museu), e também outras coisas super legais como instalações sonoras e com projeção sobre a energia.
Desse pavilhão da Central Elétrica para o edifício do MAAT dá para caminhar pela orla e é um clima super gostoso – ainda mais se você pegar um dia gostoso de sol e ventinho. Ali pela região também há o Museu Coleção Berardo (que tem 50% de desconto para estudantes e 30% com o Lisboa Card) e vale muuuuuuito a pena. Nós já tínhamos ido lá, por isso optamos por não ir, mas, se você puder, o Museu CB é um dos museus mais importantes de Portugal.
Depois de muito passeio nos Museus, foi hora de retornar para casa e fazer um rango ixperto. Depois de comermos, acabamos descobrindo que havia uma Padaria Portuguesa na frente de casa e olha, descobrimos que a Padaria Portuguesa é cheia de menus “que cabem no seu bolso”. Sucesso para lanches, cafés e etc. O valor do café é 0,65€ e quando eu estava sentada esperando, vi um funcionário colocando ecobags personalizadas num pilarzinho que tinha lá e nesse pilar dizia que essas bags custavam 1€. SIM, UM EURO. Eu dei alok na mesma hora. Ok que o material não é dos melhores, mas nós sempre precisamos de ecobags, nem que seja para levar roupas sujas, pedaço de pão ou legumes/frutas da frutaria, né nom? Nem hesitei, já havia encontrado o meu souvenir – e no lugar mais inesperado de todos.
Depois do cafézinho, foi hora de pegar um autocarro que nos levasse até o Museu Nacional de Arte Antiga. O lugar era a antiga casa de um Conde e, para além da coleção ser muito vasta e repleta de grandes artistas de diferentes nacionalidades, a vista do lugar é maravilhosa e passear pelos seus jardins é realmente terapêutico. Virou um dos meus lugares favoritos e com certeza me imaginei lendo um livro ou indo ali para o café para estudar. O café disponibiliza internet gratuita e parecia realmente agradável.
De lá, decidimos ir para o Mercado da Ribeira Nova (ou mais conhecido como o Mercado TimeOut), ali no Cais de Sodré, só para ver como era, porque não conhecíamos. É assim, senti que era bem o lugar que tenta vender a experiência portuguesa pra gringo só que de um jeito muito gourmetizado, sabe? Não é povão como seria o Mercadão de São Paulo (que é lotado de gringo, mas a galera não deixa o jeito para gourmetizar o serviço nesse nível). Só tinha gente de fora lá dentro, os pratos eram realmente muito lindos (e pareciam bastante caros) e não sei, eu sinto que não me encaixo. Mas vale a experiência de passar por lá e nada contra quem quer ir a esse lugar. Quando eu estava saindo de lá, passei pelo Júlio César (vulgo goleiro do Mengão e da seleção brasileira) e seus filhos, sabe? Nem sabia que ele tava morando por aí, mas foi bem engraçado. PS: Não, não tietei ele, me julguem (ou não).
Pegamos o metro no Cais do Sodré e fomos ao Centro Comercial da Mouraria. Esse centro comercial é tipo uma daquelas galerias da 25 de março de São Paulo, tipo a Pajé, sabe? Em que você parece que está em outro país, mas só que não. Pois é, ali eu me senti meio indochina vibes, mas é o tipo de lugar que você consegue achar muitos produtos indianos, várias roupas “de marca”, óculos super baratos (sério, achamos por 1€), roupas de cama, roupas de praia, tudo isso. Euri quando cheguei num andar em que tinha uma agência de viagens um tanto quanto suspeita. DERMILIVRE!
Reprodução: Camarim Arquitetos
Depois de sair do Centro Comercial com sacos de vários nadas, nos deparamos com uma escultura de uma guitarra portuguesa e nos tocamos que: dã, claro, por ali tem o bairro da Mouraria né, e tínhamos passado por ali, mas não especificamente por essa ruelinha. Tinham muitos desenhos e citações de fadistas nas paredes e depois chegamos a um Largo, onde um senhor estava botando fado na caixa de som, tinha um grupo de senhoras que pareciam morar pela região conversando por ali, outro conjunto de pessoas estava botando bandeirolas para a festa de Santo Antônio (a festa equivalente ao São João aqui do Porto) e estava tudo muito lisboeta, eu diria – ou pelo menos o ideal de “lisboetisse” que tenho na minha cabeça. Aproveitamos o banco vazio e o sanduba que tínhamos na bolsa para descansar, curtir o momento e decidir o que faríamos. Ainda estava muito cedo, mas nesse dia tínhamos o jogo da final da Champions League (Real Madrid X Liverpool) e não sabíamos onde íamos.
A dúvida era: vamos a um lugar com casa de fado, mas sem garantia de que haveria algum show naquele dia ou íamos procurar um canto para assistir ao final da Champions? Ok, optamos pela segunda opção. Tínhamos visto um bar de sports meio perto da Pensão Amor, mas quando passamos por lá (e por qualquer bar) tudo estava muito lotado. E o que estávamos com mais medo: estava lotado de ingleses – que são bem famosos por encherem a cara e fazerem merda. Então, achamos um boteco escondido nas costas da Rua Rosa e ficamos por ali. O fino (opa, quis dizer imperial) médio era 1€ (=amor verdadeiro). O nome do lugar se chamava Black Tiger Bar.
MAS, em contrapartida, algumas coisas estavam programadas para esse dia. A casa de fado que íamos é a Tasca do Chico – que é super local e super famosa pelo seu fado vadio, sua decoração e tradição. Para quem gosta de petiscar e encontrar boas comidas portuguesas também dizem que esse é o lugar. Para além disso, tínhamos pensado em passar no Museu do Azulejo, na Casa do Alentejo ou no Village Underground. Essas são as minhas três dicas desse post. São 3 lugares que gostaríamos muito de ter ido, mas que não deram certo.
Bom, voltando ao passeio… Fim de jogo, deu Real, bora pra LXFactory. Fomos ali e ficamos extremamente apaixonadas. A atmosfera do local é bastante Camdem Town, bem Londres mesmo. Com muita arte urbana, comida que parece boa, muita cultura e música. Decidimos que o lugar era inexplicavelmente lindo de noite, mas teríamos que voltar de dia também, para ver melhor os grafites e afins. Fomos na livraria Ler Devagar e ficamos muito apaixonadas. Lá eu encontrei um livrinho que nunca tinha visto em outra livraria e deu para trazer comigo. Gostei muito mesmo do espaço e me senti muito muito bem. Mas, com relação à alimentação, os valores não eram muito para o nosso orçamento nessa viagem, então demos um passeio por lá e ali perto tinha um Burger Ranch. #Podrão4TheWin PS: Não há opção vegana, apenas há vegetariana. 🙂
Hora de pegar o transporte e ir para casa, porque né, amanhã teremos mais e mais coisas para fazer e visitar museu sempre cansa bastante, né? E você, tem alguma dica dessas pela região que quer compartilhar? Conta pá mim. A dica sempre vai ser útil, seja para uma próxima viagem minha ou a de outras pessoas que passam por aqui.
