Roteiro de 3 dias em Lisboa: o que fazer, o que visitar, onde comer? [pt.1/3] #CamisGoesToLisbon

Graças à premiação da Momondo, que eu contei pedacinho por pedacinho ainda aqui nesse post, eu fui para Lisboa e passei 4 dias por lá. Fui do Porto para lá de avião #ValeusRyanAir e voltei de comboio (trem). Vou apresentar nesse post as coisinhas que fiz e os cantinhos que vi. Deixarei também algumas dicas do que você pode fazer ali pela região, para além do que fiz. Fui com uma amiga que está na transição ao vegetarianismo, então, vai ser difícil vocês verem opções de comidas-tipicamente-portuguesas-cheias-de-peixes-e-carne nesse post, mas eu tenho certeza que você pode encontrar isso facilmente em outros blogs topzêras por aí. E então, vamos pra Lisboa?

Dia 01: prepare-se para andar!

Amores, quem já lê aqui há algum tempo, sabe que eu sou do tipo tênis confortável, mochila nas costas e simbora! Então, normalmente vou preparada para não voltar em casa nem tão cedo.

O primeiro dia (uma quinta-feira) não vai entrar aqui na lista porque foi basicamente chegar em Lisboa, se instalar no AirBnb (que ficava ali no bairro de Belém mesmo em frente aos Pastéis de Belém e ir para o evento da Momondo. O nosso primeiro dia de passeio foi uma sexta-feira.

Não tínhamos comida nenhuma no AirBnb. Jantamos lá pelo evento da Momondo, na noite anterior, mas não  tínhamos o que comer pela manhã. Então decidimos que nós sairíamos para tomar um café, depois iríamos comprar o Lisboa Card, depois achar algum mercado e depois voltaríamos para almoçar em casa e deixar as compras. Foi isso que aconteceu? Claro que não né, mas foi quase, vai. Era por volta de 8h30 e já estávamos devidamente vestidas e prontas para viver Lisboa. Assim que pisamos na rua, nos deparamos com a loja dos Pastéis de Belém VAZIA! E eu acho que eu tenho uma sorte com isso, cara, que não sei. Deve ser porque estou na transição ao veganismo e aí a ironia existe na vida – até quando eu era vegetariana nunca tive pira em nenhum desses doces portugueses. ENFIM. Fomos tomar café da manhã lá e eu, blogueirinha que sou, tirei foto de TODO o menu para vocês (abaixo). Me amem, beijos. O valor, para nós duas, ficou em 10,85€. Choramos sangue? Choramos, né, mores, mas a minha amiga nunca tinha tido uma experiência boa naquele lugar e achamos que valeu a pena. PORÉM, lower your expectations, bebê. Eu lembro que já comi esses pastéis e já achei os pastéis de nata de outras cadeias melhores do que esse “original” aí.

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Beleza, todo mundo de bucho cheio, né. A gente bem que tinha que comprar logo o Lisboa Card e eu tava na inocência de que teríamos que ir até a praça do comércio para comprar isso, mas menina, não é que perguntamos ali num quiosque e tinha uma loja de ticket ali na frente do Mosteiro dos Jerónimos? Muita sorte mesmo! Por sabermos que iríamos usar muitos transportes públicos(andar até não poder mais em elétrico – que é o mais caro desses transportes – e que queríamos ir em muitos museus, calculamos e achamos que valia a pena, decidimos comprar ele. Se você não sabe diqualé, clica aqui e já aviso que sou quase uma auto-intitulada embaixadora do Lisboa Card haha. Eram por volta das 9h30 e o Mosteiro abria às 10h. O detalhe era: já estava começando uma filinha. Decidimos ir logo e já “matar” aquele monumento. Para além de ser uma belezinha, o Mosteiro dos Jerónimos abriga os restos mortais de ninguém mais, ninguém menos do que Camões, Vasco da Gama e Fernando Pessoa. Tá bom pr’ocê?

Daqui nós decidimos dar um rolê ali no Padrão dos Descobrimentos (também tem desconto com o cartão), mas estava TÃO CHEIO que na minha foto apareceu a sombra de um chingling que lá estava. Foi meio furada, mas passamos lá. Não fomos porque já conhecíamos, mas se você quisesse matar essa área da cidade, passava logo na Torre de Belém (cuja entrada é gratuita com o cartão), tirava a sua foto “estou em Lisboa” e visitava o monumento.

Fica a #DicaMaracujáRoxo: amores, turista em Portugal tá tudo saindo mesmo de casa 9h30/10h. Então, se você conseguir ir mais cedo do que isso, com certeza que você vai pegar os monumentos e os lugares ainda mais ou menos vazios e vai ser beeeem melhor para aproveitar tudo na paz do sem-or. Convenhamos que ninguém merece tirar foto com um bando de turista no melhor estilo Photobombing ou ter uns paus de selfie que saem na nossa foto depois.

#MomentoFazendoAFeira

Pegamos o nosso belíssimo Lisboa Card que nos dá acesso aos transportes públicos todos, vimos no google os supermercados mais próximos, como chegar e pronto. Amor, glamour de ficar ostentando e comendo fora em euros por aqui ainda não tá tendo, então o velho e bom mercado ainda (e espero que sempre) tá em alta. Compramos coisinhas para fazer pelo menos 1 das principais refeições em casa + café da manhã. O velho e bom pão fatiado ou pão de forma sempre é a minha alternativa porque serve para torradeiras, para sanduíches que queiramos levar nas bolsas para beliscar ao longo do dia e ainda vem vários por um preço bem baixinho. #GodSaveTheBread Outra tática que só a pobreza te ensina é: chá, mores. Vem vários e você ainda pode usar só fervendo água que vai ficar bom. Se você não é da vibe chá, ignore essa dica. Para outras dicas, dá uma olhada nesse meu post de como poupar em viagens. As nossas compras saíram por 9€ e deu para bastante coisa. Como íamos voltar de comboio (trem), sabíamos que podíamos trazer coisas conosco, então foi mara.

De volta para casa, momento Ana Maria, comemos rapidão e #PartiuPraçaDoComércio, onde estivemos na noite passada, mas agora veríamos de um ângulo que nunca imaginamos. Sabe aquele Arco que existe ali entre a praça e a Rua Augusta? Pois é, você pode subir ali. E com o Lisboa Card, amores, é de graça. #LisboaCardMePatrocina Fomos andando ali pela Rua Augusta até que decidimos tentar pegar o Eléctrico 28 (um dos bondinhos mais famosos de Lisboa), porque eu queria muito fazer esse trajeto pelas ruelas do bairro da Alfama (e entra como transporte gratuito com o  Lisboa Card).

Enfim, chegamos na Praça Martim Moniz, de onde ele parte, só que a fila é SURREAL de gigante e eu realmente não sou obrigada. Como sou xóven, vivo no Porto (alô alô 31 de Janeiro ou Rua dos Clérigos) e já havia feito esse trajeto antes, sabia que era possível subir as ladeirinhas a pé até chegar no Castelo de São Jorge. A minha opinião sobre o eléctrico 28 é: mores, turismo né. Pegue outro eléctrico e viva o momento de adrenalina, mas desapega do 28. O Eléctrico 12 também é bem famosinho por fazer esse trajeto até o Castelo – também é bem turístico – e também sai  da Martim Moniz. Existe ainda o autocarro 737 que deixa próximo ao Castelo e, se você foi andando, mas bateu aquela canseira, existem elevadores ali pelo caminho (clica aqui que a Câmara de Lisboa tem um pdf ixperto pra você se programar e fazer o trajeto). Ah, aqui eu vou ignorar os tuk-tuks, táxis e uber porque não é meu estilo de turismo e nem acho também a melhor forma de chegar lá, mas eles existem e podem te ajudar a subir.

O que eu acho é: se você é sedentário, se acha que não aguenta a subida, se não tá afim mesmo, ou por qualquer razão pessoal, pegue um desses transportes, mas se gosta das aventuras e de se perder, ir parando para tirar fotografias e recuperando o fôlego, nada como ir a pé. Ali perto, no bairro da Mouraria, existe um lugar chamado “Escadinhas de São Cristóvão“, que tem o grafite do Fado Vadio e vale muito a pena de passar – fora as ruelinhas lindas que você vai passando até chegar no Castelo. Se eu já fui no Castelo? Nunca. Sempre vou até lá, me apaixono pelo caminho e prefiro ver a cidade de miradouros gratuitos. Mas se você gosta, essa é a hora. Ali pela redondeza também tem um bando de restaurante-pega-turista que parece legal, mas nunca fui.

Na descida, passamos pelo belíssimo Jardim Júlio de Castilho, pelo Miradouro de Santa Luzia (foto acima), pela Sé e, dali, fomos descendo até a Rua da Prata, onde decidimos que íamos tomar um café na Padaria Portuguesa que tem por ali. E pasmem! Não foi caro. Dois cafés e 1 pedaço de bolo saíram por 2,65€. Foi bom porque precisávamos ir ao banheiro, refrescar e parar um pouco para recarregar as baterias.

De lá, para onde decidimos ir? Tomar ginjinha, é claro! A ginja é um tipo de cereja mais ácido do que a que costumamos ver por aí e, desde o século XV Portugal já consome a ginja para fins medicinais. A ginjinha feita em Lisboa (porque há ginja de outros territórios de Portugal, como óbidos ou alcobaça) é um licor dessa cereja mergulhada em aguardente. E você tem algumas opções “mais históricas” de onde tomar lá em Lisboa:

Nós fomos na Ginjinha Espinheira. Você pode escolher que venha com as cerejas no copo ou só o licor. Nós pedimos um de cada para provar, mas chegamos a conclusão de que: peça só o licor. O valor da dose por lá é 1,40€. Em tudo o quanto é canto você pode achar a ginjinha. Ah, e essa que tomamos não foi no copinho de chocolate – ainda tem essa variável.

A cidade tava super linda, toda roxa com os Jacarandás para nos receber, bem na vibe do blog e da premiação (claramente Lisboa torcia pelo Maracujá Roxo), né nom? :p Dali do Largo, nós fomos andando em direção ao Ascensor da Glória que, uma vez que de graça com o Lisboa Card, ia nos mostrar várias artes urbanas lisboetas e ainda nos deixaria na porta do Miradouro de São Pedro de Alcântara ou do Príncipe Real (por causa do nome do bairro em que está localizado). Porém, como nada é fácil nessa vida, o Ascensor estava em manutenção e subimos aquilo tudo a pé (aqui é hard, mores.) Quando chegamos lá, estava havendo festa local, com muitas barraquinhas e tocando músicas famosas e locais aqui em Portugal que lembram o estilo de música que ouvimos no Brasil no São João – é a época né…

Depois de sentarmos no banquinho e ficarmos bem, decidimos ir até o Miradouro de Santa Catarina (também conhecido como o Mirante do Adamastor). A vibe estava mesmo muito boa. A galera super jovem, com música muito gostosa e uma vista beeeem legal. Para quem conhece o Porto, dá pra comparar esse ponto de Lisboa com as Virtudes aqui da cidade. Como aqui o sol está se pondo cada vez mais e mais tarde (#amem), tínhamos decidido ver o pôr do sol lá do Elevador da Santa Justa e depois irmos jantar ali por perto. Depois de ficarmos um tempinho, fomos para o Elevador. Pegamos uma filinha básica, tiramos umas fotos lá em cima e descemos. Achamos que não valeu muito pelo tempo de espera (eu já tinha ido, mas queria que a minha amiga conhecesse porque não tinha subido lá ainda e era de graça, então por que não né?), mas foi perfeito para nos deixar com fome.

Ali perto tem bastante comércio (o shopping Armazéns do Chiado), uma Tiger enorme, H&M enorme, Zara enorme, enfim. É o point também para quem quer comprar um souvenirzito. Mas é naquele esquema: pesquisa para não pagar caro. Para quem gosta de design e quer conhecer uma marca bem massa e cheio de produtos verdadeiramente bons, eu recomendo que passe na MUJI que tem ali na região. Dentro dessa região e passando por uma passagem escondida em que os músicos normalmente vão tocar instrumentos musicais pela acústica do espaço, há a Pizzeria Mezzogiorno. Eu fico procurando sempre uma boa pizzaria e não ia ser agora que eu ia parar, né nom.

Já tinha visto a Pizzeria Mezzogiorno no Zomato quanto estava procurando por indicações e também em outros sites de locais indicando como uma das melhores pizzarias. Fui olhar o valor das pizzas e não achei abusivo o valor de boas pizzas em Portugal. Eu pedi uma Marinara e a minha amiga uma Margherita. Estavam MUITO MUITO MUITO (já disse muito?) gostosas. Apenas apareçam por lá, caso queiram sair da comida tuga um pouquito e apreciar uma boa pizza.

Depois da pança cheia, decidimos ir atrás de uns bons drinks para chamar de nossos e, lembra que pedi dicas de leitores que foram para Lisboa de lugares para irmos em geral? Pois é, nos indicaram a Pensão Amor, que era um antigo bordel conhecido como ponto obrigatório para os estrangeiros que passavam pela cidade até pelo menos a primeira metade do século XX. Hoje é um bar diferentão trendy com ambientes diferentes muito lindos, garçons com camisetas engraçadas e até um sex shop lá dentro. Estávamos doidas para irmos na Rua Cor de Rosa (realmente conhecida como Rua Nova do Carvalho) e a Pensão Amor, apesar de ficar na Rua do Alecrim, 19, também tem saída/entrada pela Rua Rosa. Apenas passem, se puderem – e de preferência não em horário de pico, hein!

Agora foi a hora de ir para casa de eléctrico né mores, porque o eléctrico custa 2,90€, o tram menos e a experiência de andar de bondinho sempre é ótima. Saindo ali do Cais de Sodré, pegamos o 15E que nos deixava lá na portinha de casa em Belém.

E aí, o que você achou do meu primeiro dia em Lisboa? Acho que até que andamos bastante, hein? Depois de descrever todo o meu trajeto, vou fazer um post específico só com diquinhas de lisboa para além do que vocês verão nas 3 partes dessa viagem, mas já aviso que tá vindo por aí LXFactory, Mercado da Ribeira Nova (vulgo Mercado TimeOut), alguns museus, Cascais, e muito mais…

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